por Rubia Cristina dos Santos
“Me ajuda a olhar!”, lembrei o conto “A função da arte”, de
Eduardo Galeano, diante da imensidão que foi o show “The Wall”, com Roger Waters,
no Beira Rio em Porto Alegre. Esta noite de domingo foi simplesmente linda,
digna de fazer qualquer um chorar.
Chorar por ver um mito do rock a poucos metros de distância,
chorar por ver que este artista consegue passar suas mensagens: “Vamos ser nós
mesmos!”; “Não queremos mais guerras”; “Vamos dar um basta às multinacionais e
religiões que promovem a guerra”; “Parem de tirar nossos pais e nossos filhos,
que acabam morrendo por guerras que servem apenas para enriquecerem alguns!”; “Chega
de consumismo!”; “Chega de educação opressora!”...
Roger Water consegue fazer muito bem o seu papel: usar a sua
arte para abrir os olhos do mundo.
Prestigiar “The Wall” foi se hipnotizar com as informações
projetadas no muro que foi se formando aos poucos e que, felizmente, foi
quebrado no fim. Não vamos mais ser um tijolo nesta parede que querem nos
transformar... consumistas cegos, alienados...
Vida longa a Roger Waters!! Vida longa ao rock de verdade!!
sorrisos na orelha, na entrada do Beira Rio
homenagem ao brasileiro morto em Londres
educação opressora
viva o rock!!!
o mito projetado no muro e dentro do muro... efeitos visuais humilhantes...
parede transformada em homenagens...